sábado, 15 de junho de 2013

DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM-NASCIDO

       

            
             Também denominada eritroblastose fetal, a doença hemolítica do recém-nascido ( DHRN) é a entidade causada pela transferência ao feto de anticorpos maternos contra antígenos das hemácias fetais, na maioria das vezes contra os do grupo Rh (D),(isoimunização Rh). A agressão imunitária resulta em hemólise seguida da produção exagerada e liberação prematura de precursores imaturos das hemácias (eritroblastos). Uma das consequências marcantes do processo é a hidropisia fetal, resultado da insuficiência cardíaca que se segue à anemia e à baixa oxigenação do sangue fetal.

            Aspectos morfológicos. Além do edema generalizado, o feto apresenta palidez, hepatesplenomegalia e cardiomegalia. O exame histológico revela focos de eritropoese em diversos órgãos e tecidos. A placenta também se torna hidrópica, sendo caracteristicamente volumosa, pesada ( pode pesar mais de 1.000g) e pálida. Os achados microscópicos mais marcantes são imaturidade das vilosidades (volumosas, com persistência do citotrofoblasto), edema do estroma viloso e hemácias imaturas na luz dos vasos fetais.

            A hidropisia fetal na DHRN pode ser pronta e totalmente revertida antes do nascimento por meio de transfusão sanguínea intra-uterina. Na forma não-hidrópica da DHRN, predomina o quadro de icterícia com níveis elevados de bilirrubina não-conjugada, ficando também a placenta impregnada pelo pigmento bilirrubínico.

FONTE: BOGLIOLO, p657, 2006.

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